A soja trabalha em queda na bolsa de Chicago no início da manhã dessa segunda-feira. O mercado segue digerindo os dados do USDA. Por mais que tenham cortes mínimos na produção brasileira e argentina, o aumento da área de plantio de soja americano e o reajuste para cima nos estoques sem destinos para a safra de soja 23/24 dos Estados Unidos pesou muito de forma negativa para o mercado.
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A curto prazo, poderemos ver preços melhores, até mesmo Chicago em alta, pois mesmo que o USDA não tenha cortado a safra brasileira de soja, os compradores internacionais sabem o que está acontecendo e têm preocupações quanto a isso.
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Segundo os dados do USDA, no próximo ano estaremos de frente ao maior volume de estoques finais da história.
Por mais que o mercado de biocombustível irá consumir muito acima do normal, teremos grandes estoques de soja. E isso é negativo para os preços da soja.
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O brasileiro tem que aproveitar os prêmios, esse sim será o grande ponto.
Os preços para a soja podem melhorar a curto prazo, mas não é por conta de Chicago e sim pelos prêmios positivos.
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E para o ano que vem já é esperado isso.
Os Estados Unidos inclusive diminuíram a exportação de soja americana do ano que vem, pensando na competitividade brasileira. Ou seja, venderemos mais que qualquer país para a China, e quanto mais procura em nossa soja, melhor serão os prêmios.
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Nossa recomendação nesse momento é vender a curto prazo como já sabem.
O mercado pode até ter pontos altistas no próximo ano, mas soja acima de 12 dólares por bushel e prêmios positivos é oportunidade de ouro nesse momento.
Não esperem USDA e o mercado reconhecerem quebra de safra brasileira por conta do clima ou Rio Grande do Sul.
A estratégia do USDA é bem simples, eles vão fazendo pequenos cortes em cada relatório para não elevar os preços como deveriam.
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