O milho teve alta durante o dia, mas acabou fechando na estabilidade, exceto para os contratos de 2025, que tiveram alta de 1,8% na B3, embora ainda estejam em baixos patamares, na casa dos 66 reais por saca. Em Chicago, houve leves alterações para os contratos curtos. Essa alta nos contratos mais longos reflete especulações sobre o plantio americano no cinturão do milho, a principal região produtora do grão nos Estados Unidos. Mapas indicam clima mais quente e menos chuvas, mas a chance de afetar a produção é pequena. Comparado às condições do plantio no ano passado, este ano está quase 20% melhor.
Mesmo que haja quebras, a qualidade das lavouras ainda é melhor que no ano passado, contribuindo para a projeção de estoques finais mundiais de milho em 311 milhões de toneladas para a safra 24/25. Esses estoques são reservas finais, sem uso algum para exportação, ração ou etanol. Este é o mesmo patamar de 23/24, mas este ano a chance desse volume diminuir ao longo dos meses pode ser um pouco maior.
Falando da China, as importações começam a sair dos portos agora. Em preços internacionais, o Brasil está acima da Argentina para embarque mais curto e igual aos Estados Unidos.
A única diferença é a facilidade de comprar o milho brasileiro, comparado ao argentino e ao americano. O milho da safra velha dos EUA está sendo vendido, mas em quantidades de 200 mil toneladas, enquanto a Argentina tem pouco movimento de exportação do grão para a China. Assim, o Brasil é o destino preferido de compra, com preços competitivos e disponibilidade para embarque imediato, já que a safrinha segue em colheita.
A expectativa continua sendo os prêmios. Na Bolsa de Chicago, os preços seguem travados, e o dólar tem ajudado um pouco menos o milho do que a soja. Em uma cooperativa do sul que acompanho, o milho já está em 55 reais por saca há mais de dois meses, com poucas mudanças nas cotações.
Em resumo, o milho teve um desempenho misto, com estabilidade na maioria dos contratos e uma leve alta nos contratos de 2025 na B3. As especulações sobre o clima no cinturão do milho dos EUA e as boas condições do plantio comparadas ao ano passado são fatores importantes. Os estoques finais mundiais de milho permanecem elevados, mas há uma possibilidade de redução ao longo do ano. A China continua sendo um comprador importante, com o Brasil se destacando como fornecedor preferido. As cotações físicas no Brasil permanecem estáveis.
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