Soja
Durante a tarde de ontem a soja chegou a cair bastante na Bolsa de Chicago, porém fechou próximo da estabilidade, sendo sustentada por um nível alto do óleo de soja. E hoje o mercado abre da mesma forma, com a soja no zero a zero e o óleo subindo levemente.
O motivo do alto nível do óleo não é tão consistente em si. Ontem divulgaram as exportações semanais americanas, que indicaram que os Estados venderam 40 mil toneladas de óleo de soja para exportação na última semana de dezembro, o que é um bom volume. Junto com isso, os Estados Unidos já ultrapassaram seu volume de exportação de óleo de soja, que seria de 170 mil toneladas para toda uma temporada, em menos de 4 meses. Desta forma, o relatório do USDA de sexta-feira deverá aumentar o volume de exportação americana de óleo de soja.
Esse fator do óleo não é nada tão forte, pois é apenas um ajuste do mercado e não tem força a curto prazo para manter o óleo e a soja em alta na bolsa.
Novos mapas climáticos também apontaram chuvas entre os próximos 10 dias para a Argentina, que podem se estender para o sul do Brasil, principalmente Rio Grande do Sul, que é a região que mais necessita de ocorrências nesse momento. Isso também acabou tirando a pressão sobre os preços da soja.
A soja pode ter variações até sexta-feira devido ao relatório do USDA, que inclusive pode aumentar o volume da produção brasileira, atualmente em 169 milhões de toneladas.
O relatório americano é bem imprevisível e altista para os números, porém para a soja não se espera mais mudanças.
Sobre a soja, não fica difícil resumir o que movimenta o mercado nesse momento de forma superficial: clima e volume da produção brasileira.
Agora, de forma profunda para o mercado da soja, o grande fator é a partir do dia 20 de janeiro, quando Donald Trump irá assumir. Alguns dizem que Trump adotará um modelo mais tranquilo, porém ele já dá acusações de retaliações comerciais com a China.
Ao mesmo tempo em que atacam os chineses, também chamou Xi Jinping, presidente da China, para sua posse.
O mercado trabalha que o mais provável é uma guerra comercial entre os dois países, porém de uma forma mais moderada em comparação com 2018.
É importante lembrar que não são os Estados Unidos que taxam a soja americana para exportação. Os Estados Unidos taxam outros produtos, e em retaliação, a China impõe uma tarifa interna em seu país de importação de soja americana.
As esmagadoras privadas de soja da China não compram soja americana desde novembro de 2024. Desde lá, só compram soja brasileira, com receio da possível guerra comercial.
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